Os 10 maiores jogadores de futebol de sempre
O futebol é um fenómeno mundial e isso deve-se à técnica dos seus
executantes principais: os futebolistas. Conheça os 10 maiores
jogadores de futebol de sempre e saiba como eles foram importantes para
os seus adeptos e para a difusão do desporto rei que é o futebol.
1. Pelé – Brasil
Edson Arantes do Nascimento, mais conhecido como Pelé, foi o maior
futebolista de todos os tempos na história do futebol mundial. Recebeu o
título de melhor jogador do século XX pela FIFA
(Federação Internacional de Futebol Associado) e uma série de prémios e
distinções mundiais. Nascido na cidade de três corações, no estado de
Minas Gerais, no Brasil, desde muito novo que desejava ser futebolista
como o seu pai, João Ramos do Nascimento, conhecido como Dondinho.
A “pérola negra”, alcunha pela qual era conhecido Pelé, saltou para a
ribalta em 1956, com apenas 16 anos, ao serviço do Santos Futebol
Clube. Destacou-se por ser um avançado fora de série, com uma técnica
fantástica e com uma enorme apetência para os golos. A sua consagração
aconteceu no Campeonato do Mundo da Suécia, em 1958, quando o Brasil
foi, pela primeira vez na sua história, campeão mundial. Pelé marcou 6
golos e foi determinante para essa conquista. O atacante participou
ainda na conquista do Campeonato do Mundo de 1966 em Inglaterra e no
Campeonato do Mundo do México, em 1970, onde foi apelidado de rei.
Pelé fez mais de mil golos (1284) em todas as competições e ganhou
os mais variados títulos pelos clubes por onde passou e pela seleção
brasileira.
2. Maradona – Argentina
Diego Armando Maradona nasceu em 1960, em Lanús, na Argentina, e
ficou conhecido como uma lenda do futebol mundial. Uma das suas
alcunhas é a de “El Diez” que demonstra toda a magia, talento e
inteligência do seu futebol e da sua maneira de jogar. A sua técnica e
habilidade eram apreciadas em toda a parte e isso fez de Maradona um
jogador único e incomparável na história do futebol.
Foi, sem dúvida, um jogador fora da sua época, mais avançado e
evoluído que os demais e à sua volta criou-se uma adoração e veneração
sem paralelo, sendo criada inclusive uma igreja dedicada a ele, a
igreja Maradoniana.
O seu maior momento foi a conquista do Campeonato do Mundo no México
em 1986, que, segundo a imprensa e a opinião popular, foi ganho
“sozinho” pelo “El pibe de oro”, um dos apelidos de Maradona. Na década
de 80, o astro argentino espalhou todo o seu futebol em Itália, pelo
Nápoles, e conseguiu levar a equipa à conquista do título, lutando de
igual para igual com os clubes mais ricos de Itália.
A carreira de Maradona ficou ainda marcada por várias polémicas e
controvérsias que não se limitaram aos campos de futebol, mas isso é
secundário, pois nos relvados Maradona era mítico, como um verdadeiro
deus.
3. Cruyff – Holanda
Hendrik Johannes Cruyff nasceu na cidade de Amesterdão, na Holanda, e
ficou conhecido como o maior futebolista holandês de todos os tempos.
Foi considerado um jogador pioneiro e revolucionário, pois rompeu com
as normas que estavam instituídas no mundo do futebol. No Ajax, clube
que o projetou, lançou as bases de um novo modelo que, mais tarde,
viria a ser apelidado de futebol total.
Curiosamente, quando era miúdo, Cruyff tinha uma deficiência nos
pés, cuja má formação o obrigava a utilizar aparelhos ortopédicos, mas
isso não o impediu de ser um dos melhores avançados de sempre. O seu
posicionamento, inteligência, polivalência e rigor tático dotavam a sua
equipa e seleção de uma enorme eficácia.
A “laranja mecânica”, como ficou conhecida a seleção da Holanda,
atingiu o auge durante a década de 70 e a forma automática e
polivalente como os jogadores desempenhavam as suas funções em campo
fazia com que o jogo holandês fosse um autêntico “carrossel”, em que a
bola circulava de pé para pé por todos os jogadores.
Ao longo da sua carreira, colecionou vários títulos e é hoje uma das vozes ativas no mundo do futebol.
4. Beckenbauer – Alemanha
Franz Anton Beckenbauer foi o único homem a conseguir ser Campeão do
Mundo como jogador e como treinador. Ele nasceu no pós-guerra da
segunda Guerra Mundial, sob as ruínas de Munique, em 1945. Com 14 anos
de idade, estava indeciso entre a prática do ténis e do futebol, mas optou pelo futebol e ingressou nas escolas do Bayern de Munique e passou a ser jogador profissional.
A sua carreira como futebolista foi brilhante e a sua inteligência
tática fez com que se tornasse num dos melhores futebolistas mundiais. O
Kaiser – Imperador, como era conhecido, desempenhava as funções de
defesa e foi o principal responsável pelo aparecimento da posição de
líbero no futebol moderno, o homem que tem como missão “varrer” o
perigo da sua área.
Beckenbauer foi um homem que acumulou vitórias ao longo do seu
percurso profissional tanto no clube, como na seleção. Ao serviço do
Bayern Munique conquistou vários campeonatos e taças da Alemanha e, na
Europa, na década de 70, o jogador ganhou três Taças dos Campeões
Europeus. Por outro lado, ao serviço da seleção alemã, ganhou o
Campeonato Europeu da Bélgica em 1972 e o Campeonato Mundial da
Alemanha em 1974.
Trata-se de um homem que ganhou tudo o que havia para ganhar, tanto como jogador, treinador e presidente.
5. Di Stéfano – Argentina/Espanha
Alfredo di Stéfano Laulhé nasceu em 1926, em Buenos Aires, na
Argentina, e foi um dos jogadores mais talentosos de todos os tempos.
Jogou pela seleção da Argentina, Colômbia e Espanha, mas foi ao serviço
do Real Madrid que se distinguiu e atingiu o sucesso e a glória. A
maioria dos companheiros de profissão, inclusive Maradona, consideram
Di Stéfano o melhor jogador de todos os tempos, graças à sua visão de
jogo, técnica e fantasia. La Saeta Rubia, como era conhecido Di
Stéfano, foi um jogador de eleição e foi o principal responsável pelo
virar de costas entre Barcelona e Real Madrid, que passaram a ser
rivais. Ambos pretendiam o jogador, mas este acabou por ficar em Madrid
e fez com que o Real construísse um palmarés invejável, destacando-se
as 5 Taças dos Campeões Europeus, conquistadas entre 1956 e 1960.
6. Puskás – Hungria
Ferenc Puskás Biró nasceu em Budapeste, na Hungria, no ano de 1927 e
foi um dos melhores futebolistas do século XX. Puskás começou a sua
carreira de jogador de futebol profissional em 1943, em plena Segunda
Guerra Mundial, ao serviço do Kispest, que mais tarde se chamaria
Honvéd. Celebrizou-se como líder da Seleção Húngara que fez história na
primeira metade da década de 1950. A Hungria permaneceu invicta
durante um período de quatro anos e os “mágicos magiares”, como eram
conhecidos naquela época, venceram a medalha de ouro nos Jogos
Olímpicos de Verão de 1952 e foram os vice-campeões do Campeonato do
Mundo de 1954, que foi realizado na Suíça O Major Galopante, alcunha de
Puskás, jogava na posição de avançado e os 84 golos em 85 jogos
fizeram dele o expoente máximo da sua seleção. Ele era dono de uma
técnica e habilidade excecionais e os seus passes curtos e dribles
deixavam os adversários pregados ao chão.
No final da década de 50 e no início da década de 60, Ferenc Puskás
notabilizou-se ao serviço do Real Madrid e a conquista de três Taças
dos Campeões Europeus foram determinantes para o jogador entrar na
história do futebol mundial.
Ao longo da sua carreira, apontou 512 golos em 528 jogos oficiais e
como reconhecimento desse facto, a FIFA concede o Prémio Ferenc Puskás
ao autor do golo mais bonito do ano.
7. Platini – França
Michel François Platini nasceu em Joeuf, na França, no ano de 1955. É
filho de emigrantes italianos e fez história na seleção francesa e ao
serviço da Vecchia Signora, a Juventus de Itália. Foi, sem dúvida, um
dos maiores jogadores da história do futebol mundial apesar do seu
aspeto franzino. Platini atuava no meio campo, na posição de “10” e era
considerado um génio quando detinha a bola nos pés, tal era a sua
capacidade criativa. Ele era o jogador que fazia a equipa jogar à sua
volta e nunca desperdiçava a oportunidade de rematar à baliza com o
intuito de fazer golo. Ao longo da sua carreira, obteve inúmeros
troféus e o destaque vai para a conquista do Europeu de Futebol que se
realizou em França em 1984, onde Platini fez 9 golos. Atualmente Michel
Platini é o presidente da UEFA
(Union of European Football Association) e foi um dos principais
responsáveis pela mudança de certas regras no futebol moderno.
8. Garrincha – Brasil
Manoel Francisco dos Santos, o Mané Garrincha ou simplesmente
Garrincha foi como ficou conhecido um dos melhores futebolistas de
sempre. Nasceu em Magé, no Rio de Janeiro, em 1933, e foi um
futebolista que se notabilizou na ala direita do ataque brasileiro,
graças aos seus dribles desconcertantes que deixavam qualquer defesa à
nora. Apesar de ter as pernas tortas, a perna esquerda era seis
centímetros mais curta que a direita, o extremo ficou na história do
futebol como o jogador mais tecnicista do mundo. A sua forma irreverente
de jogar era única e, por exemplo, no mesmo lance de ataque, era capaz
de passar a bola pelo mesmo adversário mais do que uma vez, só para
gozo pessoal. Garrincha foi um dos heróis na conquista do Campeonato do
Mundo da Suécia em 1958 e do Campeonato do Mundo do Chile, que se
realizou em 1962. Sempre que Garrincha e Pelé jogaram juntos, a seleção
brasileira foi invencível e não perdeu um único encontro.
9. Eusébio – Portugal
Eusébio da Silva Ferreira nasceu em Lourenço Marques (Maputo),
capital da colónia portuguesa de Moçambique e foi considerado um dos
melhores futebolistas de todos os tempos. Foi um avançado temível e a
sua velocidade, drible, técnica e potência de remate amedrontavam
qualquer adversário. Ficou conhecido como o “Pantera Negra”, graças à
sua atuação felina dentro de campo, e foi um dos embaixadores do
futebol português no mundo. O auge da sua carreira aconteceu quando
jogou pelo Sport Lisboa e Benfica e conduziu o clube à conquista de
várias taças e campeonatos nacionais, tendo-se sagrado, por diversas
vezes, como o melhor marcador. Ao nível internacional ajudou o clube a
conquistar a segunda Taça dos Clubes Campeões Europeus (1962) e
conduziu a seleção portuguesa a um honroso terceiro lugar no Mundial de
Inglaterra em 1966, onde marcou 9 golos. O Pantera Negra foi, sem
dúvida, o melhor jogador português de todos os tempos e um dos maiores
símbolos de Portugal.
10. Bobby Charlton – Inglaterra
Sir Robert Charlton, conhecido como Bobby Charlton, nasceu em
Ashington, em 1937, e foi um dos melhores jogadores e um dos mais
carismáticos na história do futebol mundial. Ele começou a sua carreira
no Manchester United e fez parte dos chamados “Busby Babes”, os
"bebés" do treinador da equipa, o escocês Matt Busby, tal era a baixa
média de idades do grupo (22 anos).
Bobby Charlton era um avançado excecional, com um sentido posicional
único, visão de jogo e era detentor de um remate fortíssimo de longa
distância. Contudo, teve de lidar com uma das maiores tragédias do
futebol mundial: o desastre aéreo de Munique, em 1958. Este acidente
levou a vida de 8 jogadores do Manchester United, no qual Bobby
Charlton ficou gravemente ferido, mas ao qual sobreviveu. A sua força
de vontade e querer foram determinantes para que, nos anos seguintes, o
Manchester United vencesse de novo. A glória foi recuperada com a
obtenção dos campeonatos nacionais em 1965 e 1967 e a conquista da Taça
dos Clubes Campeões Europeus em 1968 contra o Sport Lisboa e Benfica
foi a cereja no topo do bolo.
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